quinta-feira, 5 de maio de 2011

Encontro, descontração, todo mundo. Alguém.


Madrugada. Cigarro, cerveja e erva. Conversa fiada, cantada sem graça, um quase beijo roubado. Banheiro molhado, cabelo armado, tumulto. Tumultuado. Cigarro. Algumas pessoas. Todo mundo cala a boca. Por favor. Olha mais de perto, que lindo. Você. Não me puxem, não desviem minha atenção. Que grosseria, não é isso. Seu olhar. Que se dane o resto. O seu olhar. O engraçado ali, não tem minha atenção. É só você, você, você. Disfarça. Tá na cara. Não quero ir, então vamos rápido, eu quase caí. Quero voltar. Você está ali. Sentar na escada. Coisa chata. Olha ali. A salvação. Você. Disfarça. Chega mais perto, para de olhar. Seu olhar, seu gesto, seu copo. Você. Eu também, por favor. Deixe esse copo pra lá. Não é bem assim. Não vem interromper. Vou sentar. Que sorriso. Seu olhar. Que olhar. Então está falando de mim. Que piração. Acabou, eu vou. Eu confio. Vamos, enfim. Alguém. Mas não você. Obrigada. Por educação. Era pra ser você. Mas que olhar. Nervoso, nervoso, nervoso. Seu olhar. Entorpece. Arrepio. Frio, frio. Adeus. Daqui três meses. Disfarça. Que olhar é esse, que olhar. Você. Sua boca, seu olhar, você.

Me pegou de surpresa.

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