quarta-feira, 30 de junho de 2010

"um doce pelo seu pensamento"


- Quer dizer que você não gostaria de se casar? - continuou ele, sério.
- Não disse isso.
Armando sorriu com uma ponta de ironia.
- Eu sabia! Todas as mulheres pensam em se casar. Aliás, é só o que elas pensam. É só conversar com uma garota que ela logo fala em namorar em casa, falar com os pais, etc. Isso é até obsessão.
Sophia não respondeu. Ele, que esperava uma reação enérgica, fixou-a curioso.
- Você não reage?

- Reagir a quê?- ela sorriu.
-Ao que eu disse sobre as mulheres.
Sophia sacudiu a cabeça.
- Não, essa é a sua experiência. Deve ter motivos pra dizer isso.
-E você? O que acha?
-Sobre o quê?

Armando olhou-a admirado novamente. Ela estaria se divertindo à sua custa? Mas o rosto de Sophia era atencioso e seu tom, educado.

-Sobre a vontade de casar que as mulheres têm.
-Porque se preocupa com isso? Você não é mulher.
-Mas elas são insistentes. Às vezes, incomodam.
-Os homens também, costumam ser mais insistentes do que as mulheres.
-Estou sendo inoportuno?
-Não disse isso. Você falou da sua experiência, e eu falei da minha, só isso.
-Você é muito bonita. Os homens devem ser muito insistentes com você.
Sophia sorriu novamente.
-Algumas vezes..
-Você não disse o que pensava quando cheguei.
-Porque deveria dizer?
-Fiquei curioso.

majestosa contemplação


Nada é mais agradável do que sentar-se à beira-mar e olhar o pôr-do-sol num dia de verão. O vai-e-vem das ondas marcando com seu ritmo cadenciado a respiração da vida, o céu tranquilo matizado pelos últimos raios solares perdendo-se na linha do horizonte, favorecem a meditação e estabelecem um momento de calma, de introspecção, de satisfação íntima e de majestosa contemplação.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

só preciso de você agora.


No escuro é difícil encontrar as teclas certas. E sem fazer barulho, não posso te acordar às três e quarenta da madrugada. Mas, está sendo muito difícil. Desde que você disse aquelas coisas pra mim, já se passaram de três o número de garrafas de uísque.

Você tem acordado e saído mais cedo pra não dizer 'bom dia', tem feito horas extras pra evitar meu abraço.. o abraço que já o consolou, que já o fez melhorar quando o dia tinha sido exaustivo. Me pergunto se eu já passei pela sua cabeça.. porque comigo acontece o tempo todo.

Passo as tarde olhando pra porta, esperando que você chegue mudado como da última vez.


O amor, que um dia existiu, está perdido por aí e você não se importa em procurar. Eu sei que eu prometi que eu não o aborreceria dizendo que estava sentindo falta dos momentos felizes e até das brigas, dos beijos na chuva.. Mas eu preciso agora, eu preciso de você, consegue me sentir?

Estou meio bêbada, perdi o controle, mas preciso de você agora.
Eu só quero te tocar e te abraçar, eu preciso de você.


Eu prefiro sentir dor do que não sentir nada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

alternativa.



Andar descalça na areia da praia, em pleno meio-dia, no calor de 35°C de um belo dia de verão.

Melhor do que isso só se não tiver sombra.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

o maxilar dos piá!


As pessoas normais têm tara por garotos que usam franja, boné, piercing no nariz, louro ou que tenha uma moto.

Como sempre, eu sou a estranha.
Eu não olho pra nada do que as pessoas acham plausível. Tá, só pra bunda, mas como eu já tenho meu namorado, só olho pra dele, porque as dos outros não me interessa.

E essa minha esquisitisse se aplica ao meu namorado, cara. Eu não vi se ele tem olhos claros ( o olho dele é castanho claro, lindíssimo, mas enfim), piercings ou se ele tinha moto.
Eu olhei pro queixo! Eu sou viciada em maxilar. Adoro os maxilares quadrados, ainda mais com um belo sorriso. É, eu sei que é bem estranho. Mas quando eu flertava, eu sempre reparava nisso. Se ele tivesse um maxilar estreito, fraco e indefinido.. perdeu, playboy. nn


Todo homem lindo e maravilhoso tem um queixo lindo e maravilhoso, é lei! E sem covinha!
Se eu disser que por ironia do destino, meu namorado tem um queixo diferente do que eu gosto.. estarei mentido, RS! Sim, ele tem um maxilar forte que me conquistou à primeira vista!
E pra isso não virar uma declaração cafona de amor, vou terminando por aqui.
E, sim, eu sou estranha, mas as vezes é legal parar de reparar na bunda, porque dela só sai merda (pô, não era pra ser um trocadilho).

pi


Depois dessa postagem, eu tenho certeza que você vai pensar que eu sou uma filha da puta sem educação, de tanto palavrão que vai sair. É, eu me conheço e sei do que eu sou capaz com as palavras quando me convém, ou quando estou nervosa.

E eu estou nervosa.
Já chorei, gritei, xinguei.. mas não adianta, eu preciso desabafar no meu blog também.

Que caralho! Acabei de voltar de um lugar com uma notícia BOSTA, e eu estou muito muito muito puta da minha vida! Sabe, esse era um problema tipo, resolvido, mas tive a ideia de consultar outra pessoa pra ver se o problema tinha mesmo um ponto final, e ela me disse que não, que estava tudo errado, e que eu teria que investir nisso, por mais, sei lá, dois ou três anos.
QUE PORRA, MANO!

Sabe, eu já estou saturada disso, eu me iludi achando que essa seria uma coisa a menos pra me preocupar e, pra piorar e me fuder de vez, descobri que eu vou ter que tirar os QUATRO DENTES DO JUÍZO. OS QUATRO, PORRA!
Só agora, aos 17 anos e meio, percebi que quem procura, acha!
As coisas só acontecem comigo! E em efeito dominó!
Dento do juízo, porra? Enfia esse juízo no CÚ, sua vaca!
Espero que depois da mensagem "Sua postagem foi publicada!" eu melhore meu vocabulário e controle esse meu nervoso, porque eu não estou nem um pouco a fim de aguentar quatro horas de Simulado da PORRA do ENEM, e nem ter que acordar as 06:15 hs amanhã pra ir pra porra de um curso de inglês, sendo que nem a homework eu fui capaz de fazer.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vão roubar minhas malas!


Sempre achei o setor de entregas de bagagem um verdadeiro suplício.

Entende o que quero dizer?

A ansiedade começa no momento em que chego ao setor de desembarque e fico em pé junto a esteira rolante. É quando me convenço de que todas as pessoas simpáticas e educadas com as quais compartilhei uma viagem aérea transformaram-se em terríveis ladrões de malas. E de que cada uma delas está espiando a esteira rolante com o objetivo expresso de roubar minha bagagem.

Fico próxima da esteira, em pé, com o rosto contraído, desconfiado.

Finalmente, quando vejo minha mala surgir, tenho tanto medo de que alguém vá roubá-la que não consigo ficar em pé, com paciência, para esperar que a esteira a entregue a mim no devido momento. Em vez disso, corro por toda a extensão do setor das bagagens para pegá-la, antes que outra pessoa o faça. O caso é que, em geral, é impossível romper o cordão apertado dos carrinhos das outras pessoas. Então, minha mala navega serenamente e passa por mim, circulando inúmeras vezes pela sala antes que eu seja capaz de agarrá-la.

É um pesadelo!


É, eu sei, eu sou muito estranha.

miserável.


Um homenzinho que aparece sempre em minha cabeça, segurando um letreiro que proclama: "O fim está próximo", hoje proclamava: "A vida é mais do que apenas divertimento."

Ele trabalha para o 'departamento' da minha consciência. Eu o detesto. Esse miserável filho da puta.

Aparece sempre com seu letreiro e estraga as coisas pra mim, especialmente quando estou fazendo compras, proclamando coisas como "Como você justifica gastar doze libras em um batom?". Deixo de comprar o artigo em questão. Ou então compro mesmo, mas me sinto culpada e o prazer desaparece.


De qualquer jeito, hoje o miserável desmancha-prazeres lembrou-me de que eu tinha de fazer muito mais com a minha vida.

Eu me senti um pouco como um condenado que está prestes a enfrentar um pavilhão de fuzilamento.

Um pouco melancólica. Era tempo, pra mim, de enfrentar a realidade.

Tinha que ser adulta e responsável.

Algo que eu nunca fora boa de jeito nenhum.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Entendo porque as pessoas estão odiando tanto esse objeto que viciou os torcedores dos Bafana-Bafana. O instrumento pode causar danos auditivos graves e permanentes, e por ser um disseminador de doenças.
Doenças?
É isso mesmo. Se não quer saber o que é pegar gripe por vuvuzela, não empreste a sua para ninguém (ela é substancialmente mais perigosa do que tossir ou falar, vai por mim).

É também perigosa para os animais, visto que estes possuem geralmente uma audição mais sensível, podendo criar situações de pânico e terror além de danos mais sérios em comparação com humanos.
Eu sei de tudo isso, mas é tão legal ver aquele povo africano cheio de auê no coração, com o maior orgulho da WC estar lá, que é o mínimo que podemos fazer por eles: deixá-los vuvuzelar até morrer.

Foi o que eu pensei quando minha irmã insistia em vuvuzelar enquanto o jogo do Brasil comia solto. Minha mãe queria matá-la por causa do barulho todo, mas eu impedi, proclamando o espírito esportivo. A bola rolando e ela na varanda, nem tchum pro jogo.
Foi quando o Brasil tomou um gol e eu decidi ver quem seria o filho da puta que gritaria "CORÉIA!" (é, aqui onde eu moro sempre tem uns otários que gostam de se aparecer, mas enfim).
Reparei que tinha um menino no prédio da frente, na varanda, que não parava de olhar pra minha irmã.
Vou direto ao ponto: minha irmã soprava a vuvuzela dela rapidamente (FÓ) e aquele dito cujo respondia da varanda dele (FÓ) e eles ficaram nisso, sei lá, durante todo o jogo.

Sinceramente, aquilo era código.

Acho que ele estava flertando com a minha irmã e a viada sabia - e tava gostando.
Fiquei puta. Só não mandei ele enfiar a vuvuzela no.. no nariz, porque esse guri tem um irmão mais velho gatinho, e eu estava com a cara pintada de verde e amarelo e, sei lá, fiquei com vergonha.
Senão ele ia ver só.

James, não confie muito nisso.


Desliguei o telefone.
Fiquei pensando no que acabara de descobrir.
Você percebe, eu sabia que não era assim tão ruim quanto James me apresentara. E, de fato, não era apenas porque eu não queria acreditar que fosse uma pessoa ruim. Embora eu não quisesse acreditar que fosse uma pessoa ruim, mas.. ora, você sabe o que quero dizer.
Tive mesmo a sensação de que James mentia pra mim ou, no mínimo, exagerava muito, quando me disse que mulher horrorosa, infantil, egoísta sem consideração eu fora durante todo o nosso casamento.
Mas eu não conseguia entender qual o motivo de suas mentiras.
Minha sensação era de que ele tentara reduzir meu tamanho até o tamanho que lhe conviesse- ao dizer que eu fora uma pessoa assim.
Não gostara da minha auto-confiança. Assustara-se com ela. Assim, de uma maneira maldosa e cínica, decidira deixar-me inteiramente abalada, para que eu me tornasse dependente dele.
Mas que filho da puta.
Sabe acho que o odiei menos quando descobri que ele estava fazendo sexo com Denise. O que ele fizera agora constituía um tipo pior de traição.

não é porque a comida está horrível.


A maneira como reajo à comida, quando estou perto de um homem, é um barômetro seguro de como me sinto em relação a ele. Se não puder comer, significa que estou louca por ele.
Quando consigo tomar suco de laranja e algumas torradas de manhã, é o Fim do Começo.
E na ocasião em que termino de comer a comida deixada no prato dele, já acabou tudo.
Isso, ou então me caso com ele.








Bem, o modelo era esse, até aquele momento.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

vagarosamente, a sanidade voltou.

A imensa camisola girava em torno de mim, ampla e agradavelmente, enquanto eu descia as escadas com as luzes apagadas. O telefone estava no andar de baixo, no hall. A única luz era a do poste na frente da casa, brilhando através dos vidros opala da porta de entrada.

Comecei a discar o número do meu apartamento em Londres. O ruído da discagem ecoava no silêncio. Soava como disparos de fuzil na quietude da sala. "Meu Deus", pensei, abalada, "os McLoughlin três casas adiante vão aparecer para se queixar do barulho."

Houve alguns cliques, enquanto o telefone em Dublin fazia a conexão com outro, de um apartamento vazio, numa cidade a 800 quilômetros de distância.

Deixei que tocasse, talvez umas cem vezes. Poderiam ser mil vezes.

O telefone tocava sem parar, chamando inutilmente alguém num apartamento frio, escuro e vazio. Pude imaginar o telefone tocando sem parar e a cama macia, lisa, onde ninguem dormia, sombras da janela lançadas em cima dela, enquanto as luzes da rua jorravam para dentro através das cortinas abertas- abertas porque não havia ninguem lá para fecha-las.

Mesmo assim, deixei-o tocar sem parar. E, lentamente, a esperança me abandonou.
James não atendia.
Porque James não estava lá.
James estava em outro apartamento. Em outra cama.
Com outra mulher.

sábado, 12 de junho de 2010

Olá, Claire.


"Quando ouvia falar de pessoas que sofriam desastres cumulativos (por exemplo, um acidente de automóvel, perder o emprego e pegar o namorado na cama com a irmã, tudo numa única semana), pensava que a culpa era dessas pessoas. Bem, não exatamente culpa. Mas, se as pessoas se comportassem como vítimas, tornar-se-iam vítimas. Se esperasse que o pior acontecesse, então ele invariavelmente aconteceria.

Via, agora, como estava errada. Algumas vezes as pessoas não se apresentam voluntariamente para serem vítimas, mas se tornam vítimas, de qualquer jeito. Certamente não era minha culpa que meu marido achasse que se apaixonara por outra pessoa. Não esperava que acontecesse e certamente não queria que contecesse. Mas aconteceu.

Soube, então, que a vida não respeita circunstâncias. A força que atira em nós os desastres não diz "Bem, não darei a ela aquele caroço no seio antes de pelo menos um ano. É melhor deixar que se recupere primeiro da morte da mãe". A vida simplesmente vai em frente e faz o que tem vontade, sempre que tem vontade.

Percebi que ninguém está imune a síndrome do desastre cumulativo. Não que eu pensasse que ter um bebê fosse um desastre. Mas certamente ele não deveria ter vindo em circunstâncias tão tumultuadas.

Eu acreditava controlar inteiramente a minha vida e, Deus me perdoe, se alguma coisa chegasse a dar errado comigo mesma e com James, eu seria capaz de dedicar todo o meu tempo e minha energia para resolver a situação. Não esperava exatamente ser abandonada menos de 24 horas depois de dar à luz meu primeiro filho, quando meus níveis de energia estavam mais baixos do que nunca e os de vulnerabilidade, mais altos do que nunca.



Sem falar em como eu estava obviamente gorda naquele momento."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

uninvited


Como qualquer uma estaria, estou lisonjeada com sua fascinação por mim. Como qualquer mulher de sangue quente, eu sempre quis um objeto para desejar. Mas você não é permitido, você é inacessível, um infeliz deslize.
Deve ser estranhamente excitante, assistir o inabalável sofrendo; deve ser meio difícil assistir o pastor precisar de ensinamento.
Como um território não mapeado eu devo parecer muito intrigante.
Você, você fala do meu amor como se já tivesse experimentado amor como o meu antes. Mas isso não é permitido, você é inacessível, um infeliz deslize.
Não acho que você seja indigno, preciso de um tempo para pensar.

everything you wanna


Porque tudo o que você queria era ser bem quista, inteligente e estar por dentro de tudo. Você deseja voltar atrás e dizer a você mesma tudo o que aprendeu desde então, dizer pra não correr atrás, pra se valorizar... afinal, o mundo dá voltas e suas lágrimas não tinham razão. Esse cara que te enrola hoje não vai durar nem um mes. Não convidaria aquela sua amiga pro feriado na praia, porque ela roubaria o único cara que se encantou por você. Diria até para olhar a casca de banana no chão do pátio para evitar o maior mico da sua vida.
Voltar para quando jurava que casaria com ele algum dia, e hoje se deu conta que tem sonhos maiores, e que ele não merece sua mão direita, quem dirá a esquerda.


E Abgail, coitada, deu tudo o que ela tinha para um menino.. que mudou de idéia.

Nós duas choramos.


Porque quando você tem quinze anos, se alguém disser que te ama, você acredita.

e antes de ir embora


seguir o meu caminho, quero te olhar um pouco e sonhar que o destino é junto a ti, amor.






fica um segundo aqui e me faz companhia.

domingo, 6 de junho de 2010

purple


postura, sorriso fácil e um cabelo bem modelado,

cuidadosa ao se curvar no cumprimento com ar de obrigação.

aquele sofá no meio do caminho e a cozinha cheia, um olhar errado.

fugir dali, sumir.


saudade, formspring, scrap, SMS.


tudo pra evitar aquilo que exatamente aconteceu.

o vermelho parece sem cor, o abraço sem emoção.


às vezes o mundo perde a graça em 5 segundos e as unhas roxas ficam sem harmonia.

anos se passaram, o verde perdeu a chave da porta.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

como qualquer mortal.


Hoje eu reparei o quão pecadora eu sou.

É, o dia ainda não acabou e já cometi os sete.
Pela manhã, eu senti preguiça de acordar. Normal, beleza, é dificil mesmo acordar( na verdade, tu não sabe o esforço que faço nesse momento pra digitar..)
Mas pior que isso, eu senti preguiça de FALAR. Incrível.
No café, eu pedi pra minha irmã 'bolá'. O difícil foi fazê-la entender que eu estava com pregui.
Foi quando me dei conta que a gula estava tomando conta de mim. Pulei da cama e abri um pacote. Dez minutos, ele já estava no lixo. Vazio.
Até ai, beleza também, todo mundo acorda com fome.

Na hora do almoço, decidi me virar. Fiz kibe. Fiz sozinha, é claro, mas como era o dia do pecado, assim que minha irmã ofereceu ajuda, recusei:
'Basto-me, não dependo de ninguém.'.
Ser soberba não é minha praia, portanto, depois de ter me arrependido do tal pensamento, aceitei a ajuda e ela quebrou um prato.
Então, como qualquer mortal, eu senti uma ira incontrolável. Dava pra ensaiar um beliscão, mas esperei o próximo pecado tomar conta de mim.

Eu sou calma. Eu SOU calma. Limpei tudinho e me matei de comer kibes.

Fui pro Orkut.
LINDA ESSA GURIA QUE FUÇOU MEU PERFIL!
Não é preciso ser invejosa para sentir inveja. Pode parecer paradoxal, mas quem nunca desejou estar numa praia ao invés de estar trabalhando? Quem nunca desejou uma casa como a das revistas de decoração?
O difícil mesmo é fazer como fiz agora, dizer com todas as letras que senti invejinha da colega. Bem que eu podia ter uma bota como a da foto dela.
"Não, eu pego emprestada a da minha mãe"

Olha só, cartas embaixo da porta.
Contas, oferta de cartões de crédito, contas, contas.

Pronto, diga olá à Senhorita Avarenta.
Beleza, eu não trabalho, não tenho meu próprio dinheiro.. mas sei lá. Não se pode perder tempo gastando dinheiro. Nada de cinema sábado a noite. Vamos quarta que é mais barato!


O sétimo pecado, a luxúria, é cometido mesmo que não se perceba, praticamente o tempo todo: tem muito mais significado além da entrega aos prazeres carnais. É mais do que lascívia e volúpia, é cobiçar arduamente tudo que é belo.
Vira ganância, loucura, egoísmo, maldade, falta de razão. O orgulho e a vaidade não permitem o entendimento de que nem tudo é possível.
No seu mais profundo, complexo e variado significado, acredito que não há ninguém que não tenha, pelo menos uma vez na vida, cedido aos encantos da luxúria. Ela está na gula, na preguiça, na soberba, na ira, na inveja e até na avareza, por mais estranho que possa parecer.

você é o meu, por que não?


Benzinho, eu ando pirado

Rodando de bar em bar

Jogando conversa fora

Só pra te ver passando, gingando

Me encarando, me enchendo de esperança

Me maltratando a visão...


Girando de mesa em mesa

Sorrindo pra qualquer um

Fazendo cara de fácil, é

Jogando duro com o coração, gracinha

Todo mundo tem um ponto fraco



Você é o meu, por que não?