terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Presidenta Dilma? RÁ!


Não fiz faculdade de Letras, porém isso não me impede de dar minha opinião. Esse é o meu blog e eu falo o que eu quiser. Eu tenho a qualidade e o defeito de sempre corrigir os erros falados e escritos das pessoas e sempre mandei bem na escola quando o assunto era a Língua Portuguesa.

Presidenta?
Presidenta?
Pesquisei em mais de dez sites, e agora me convenci de que Presidenta pode ser usado.
Mas que é ridículo, é.
A revista VEJA criticou. O Fantástico defendeu dizendo que não há regras para não usar a forma 'afeminada'. Esse jeito de falar foi inspirado da Presidente da Argentina e, segundo o ex-presidente Lula, foi uma forma de dar ênfase à candidatura de Dilma. "Durante a campanha, o PT usou a palavra presidenta como estratégia para reforçar Dilma como a primeira mulher na Presidência. O termo feminino foi uma forma de apresentar um diferencial à candidata, que no primeiro turno teve uma mulher como oponente, Marina Silva (PV)."
Eu achei tão ridículo desde a primeira vez que ouvi que briguei com meu pai e namorado. É a mesma coisa que alguém chegar no Bradesco e pedir pra falar com a Gerenta, que dizer que a Julia é minha Parenta e a de chapéu azul é a minha Chefa.
Tá, em alguns dicionários essas palavras já ganharam espaço, mas eu não me conformo em falar desse jeito.
O problema deixa, portanto, de ser uma dúvida simplista de certo ou errado, e passa a ser uma questão de preferência ou de padronização. No Brasil, é fácil constatar a preferência pela forma comum aos dois gêneros: a parente, a chefe e a presidente. É bom lembrar que a acadêmica Nélida Piñon, quando eleita, sempre se apresentou como a primeira PRESIDENTE da Academia Brasileira de Letras. Patrícia Amorim, desde sua eleição, sempre foi tratada como a presidente do Flamengo.
Autor dos livros Português Prático e Guia Prático da Nova Ortografia, o professor Paulo Flávio Ledur avalia que seria importante ouvir a opinião de Dilma sobre a questão. Para ele, a forma presidenta é a mais adequada:
— A mulher está assumindo posições novas na sociedade. Embora se aceite a forma feminina em professora, doutora, juíza, e em outras não, eu defendo uma forma única. É claro que num primeiro momento, nós estranhamos porque é novo, mas é uma questão de hábito. A língua se faz pelo uso. Na medida em que o uso se consagra, a estranheza desaparece.

Então quer dizer que chamar Dilma de Presidenta é uma forma menos radical de queimarmos o sutiã?
Af. "Grandes merda", Dilma Rousseff.

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