terça-feira, 5 de abril de 2011

e eu o beijei.


Foi muito estranho. Ainda assim, naquele instante, eu me senti bem. Inteira. Pude sentir meu coração batendo no peito, o sangue pulsando quente e rápido por minhas veias de novo. Meus pulmões encheram-se do doce aroma que vinha da pele dele. Era como se nunca tivesse havido um buraco em meu peito. Eu estava perfeita - não curada, mas como se nunca tivesse havido uma ferida. Não acreditei no que estava fazendo, mas não resisti. Ser correspondida acendeu uma chama que, mesmo molhada e fria que há muito tempo não fora usada, teve força pra iluminar os meus olhos.
Pode ser que não dure mais do que essa noite. Mas eu não me preocupo. A eternidade é mesmo, um só instante.

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