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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

tomorrow is a different day


E hoje voltou com tudo.
Foi só abrir sua foto para aquele sentimento jorrar de dentro de mim mais uma vez. Olhar nos teus olhos e me deixar afetar pelo mesmo olhar que um dia me encantou.
A verdade é que eu queria deixar isso pra lá, queria ser pra você o que você é pra mim.
Aquele dia já seria especial.
Mentira.
Ele não significaria um milésimo do que significa hoje, se não fosse por você. Que droga.
Tudo culpa sua; culpa da sua gentileza, seu sorriso simples, sua beleza sincera.
Eu passei a manhã seguinte inteira falando de você. Falando da agradável madrugada que passamos juntos e como suas ideias me tinham afetado.
E olha eu aqui. Tanto tempo já se passou, e ainda é você. Sou capaz de repetir perfeitamente tudo aquilo, como se fosse hoje. Sou capaz de me apaixonar por você todos os dias. E não porque você me conquista todos os dias.
É que eu tenho memória. E ela traz à tona minha mais profunda e secreta lembrança. A primeira, tão viva quanto a última.

Hoje voltou com tudo.
Só por hoje.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cadê o assassino?


E eu preciso matá-lo,

Antes que ele me mate primeiro.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

pássaro frenético


Ele se pôs de pé. Seu coração saltando contra as costelas como um pássaro frenético. Talvez ele soubesse que lhe restava muito pouco tempo, talvez estivesse decidido a completar os batimentos de uma vida antes de seu fim.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

o despertar


Deitei na cama alguns minutos depois, resignada enquanto a dor finalmente resolvia aparecer.

Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, restando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar apesar de passar o tempo. Racionalmnte, eu sabia que meus pulmões ainda estavam intactos, e no entanto eu arfava e minha cabeça girava como se meus esforços não dessem em nada. Meu coração também devia estar batendo, mas eu não conseguia ouvir o som da minha pulsação nos ouvidos; minhas mãos pareciam azuis de frio. Eu me encolhi, abraçando as costelas pra não partir ao meio. Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia.

E, no entanto, achei que podia sobreviver. Eu estava alerta, sentia dor, mas era administrável. Eu podia sobreviver a isso. Não pareca que a dor tivesse diminuído com o tempo; na verdade, eu é que ficara forte o bastante para suportá-la.

O que quer que tivesse acontecido naquela noite, tinha me despertado.

Pela primeira vez em muito tempo eu não sabia o que esperar da manhã.

I won't get by


Senti o chão de madeira liso sob meus joelhos, depois sob a palma das mãos e, em seguida, comprimido sob a pele do meu rosto. Eu esperava estar desmaiando, mas, para minha decepção, não perdi a consciência. As ondas de dor que me haviam assaltado pouco tempo antes se erguiam agora com força e inundaram minha cabeça, puxando-me pra baixo.

Não voltei à superfície.

domingo, 26 de setembro de 2010

seja onde for.


E agora? A dor é do tamanho de um prédio.
A casa sem ele vai ser um tédio;
Não tem remédio, não tem explicação, não tem volta
Os amigos não aceitam, o irmão se revolta
E a sua avó que era crente hoje tem raiva de Deus.
O seu pai ficou mais velho, mais sério, mais triste..
E a mãe simplesmente não resiste
Além do filho, perdeu o amor pela vida
E a nora agora tem tendências suicidas: É a namoradinha com quem sonhava se casar.


Se Deus é justo, então quem fez o julgamento?

sábado, 14 de agosto de 2010

incompatibilidade


César fora um dos primeiros a comprar uma televisão, logo que a novidade chegara à cidade. Contudo, em sua casa ninguém tinha permissão de ligá-la. Era ele quem determinava a hora e o que assistir.
No domingo, depois do café, ele ligava e reunia a família para assisti-la.

Claire, apesar de curiosa com a novidade, não gostava dos programas que o pai escolhia e preferia ir para o quarto ler. Ela tinha uma amiga que lhe emprestava alguns livros que ela lia às escondidas. Tinha certeza de que seus pais não aprovariam. Eram romances, e César só aprovava livros educativos, considerava os romances perniciosos e uma perda de tempo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

"pais apanham da vida..


..e filhos apanham dos pais".

Minha atenção foi desviada pra um problema constante na nossa sociedade. A violência está desenvolvida de diversas formas na nossa sociedade e são muitos os fatores que contribuem para seu estabelecimento. O caso Eliza Samudio e Bruno está aí e, contra fatos não há argumentos. Homem batendo em mulher, homem batendo em homem e.. pais batendo em filhos. Acho que está última é ainda pior pois trata-se de crianças.
Vítimas de maus-tratos, elas sofrem muitos prejuízos no seu desenvolvimento. No entanto continuamos tendo a certeza da possibilidade de mudança e de superação dessa realidade.

"Crianças que apanham dos pais são adultos mais bem-secedidos, diz estudo". Isso me deixou simplesmente chocada. Depois dessa publicação, vai ter gente dando croc na cabeça de guris só para ter certeza que eles se darão bem na vida.
Não existe forma mais antiquada de educação do que esta, além de poder trazer danos e problemas mentais nos filhos.

A boa educação não está limitada na conversa e na psicologia infantil, absolutamente. Repreender e castigar materialmente vale. O que falta mesmo são pais de verdade, que foram adultos o suficiente para fazer e não para arcar com as responsabilidades perante a sociedade neste papel de pai/mãe. São poucos que conseguem. Acredito na educação rígida onde severidade nao é sinônimo de violência.

sábado, 12 de junho de 2010

Olá, Claire.


"Quando ouvia falar de pessoas que sofriam desastres cumulativos (por exemplo, um acidente de automóvel, perder o emprego e pegar o namorado na cama com a irmã, tudo numa única semana), pensava que a culpa era dessas pessoas. Bem, não exatamente culpa. Mas, se as pessoas se comportassem como vítimas, tornar-se-iam vítimas. Se esperasse que o pior acontecesse, então ele invariavelmente aconteceria.

Via, agora, como estava errada. Algumas vezes as pessoas não se apresentam voluntariamente para serem vítimas, mas se tornam vítimas, de qualquer jeito. Certamente não era minha culpa que meu marido achasse que se apaixonara por outra pessoa. Não esperava que acontecesse e certamente não queria que contecesse. Mas aconteceu.

Soube, então, que a vida não respeita circunstâncias. A força que atira em nós os desastres não diz "Bem, não darei a ela aquele caroço no seio antes de pelo menos um ano. É melhor deixar que se recupere primeiro da morte da mãe". A vida simplesmente vai em frente e faz o que tem vontade, sempre que tem vontade.

Percebi que ninguém está imune a síndrome do desastre cumulativo. Não que eu pensasse que ter um bebê fosse um desastre. Mas certamente ele não deveria ter vindo em circunstâncias tão tumultuadas.

Eu acreditava controlar inteiramente a minha vida e, Deus me perdoe, se alguma coisa chegasse a dar errado comigo mesma e com James, eu seria capaz de dedicar todo o meu tempo e minha energia para resolver a situação. Não esperava exatamente ser abandonada menos de 24 horas depois de dar à luz meu primeiro filho, quando meus níveis de energia estavam mais baixos do que nunca e os de vulnerabilidade, mais altos do que nunca.



Sem falar em como eu estava obviamente gorda naquele momento."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

listen


I'm more than what you made of me
I followed the voice you think you gave to me
But now I've gotta find my own, my own.