É, parece que eu adivinhei, como uma psicótica. Hoje era para ser um dia normal, certo? Como todos os outros, exceto pelo aniversário da minha irmã. Era pra ser um dia barulhento, telefonemas, embrulhos de presentes.. Mas o que aconteceu ontem reflete até agora. Estou anestesiada, surda.
Algum corno me ligou cinco da manhã e, antes de eu me interessar em olhar pro número no infeliz, eu lembrei.. "não acredito". Não cheguei a olhar pro celular, eu só pensava "não pode ser". Até agora, não sei onde coloquei meu celular.É uma angústia, desânimo, tristeza. É como se o dia de ontem desabasse na minha cama com a faunção de me perturbar.É vontade zero de acordar, comer, abrir a janela. Isso não vai passar, não? Não importa quantos amigos eu tenha, nenhum deles é quem eu realmente queria, nenhum deles vai me abraçar, perguntar se estou com fome e combinar o final de semana na minha avó. Mas eu sei, a aceitação tarda mas chega, sim. Tão certa quanto o outono após o verão. São não espere-me repetir que eu te amo e que você precisa estar ao meu lado assim como eu preciso estar ao seu. Eu não consigo entender como, depois de tudo, TUDO, que vivemos, ainda haja problemas entre a gente, fortes suficientes para tirar a aliança da minha mão direita.
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