quarta-feira, 15 de setembro de 2010

você está sentindo cheiro de tinta?

não? é que está pintando um clima..

Um dos motivos que mais me desagrada em andar sozinha, é isso de receber cantada e/ou assovios. Puts, você pode ser gorda, baixinha, nariguda, orelhuda, corcunda.. tem cara que mexe mesmo! Caminhoneiro, então.. parece regra.

Queria ser da época dos verbos flertar e arrastar asa. Como disse Chorik : "Para o macho alfa era mister saber fazer o approach, saber chegar numa menina. Caso contrário, necas de pitibiriba."

Na verdade mesmo, e infelizmente, é tudo culpa da própria mulher, que se faz de objeto pro homem, que se deixa inferiorizar, que posa nua por dinheiro. Eu sinto pena. Eu não sou assim e conheço gente que também não é. Porém por não ser a maioria, todo mundo é rotulada como vagabunda.
Se eu estou sendo extremista me diz por que o cara mexe com você na rua. Porque ele sabe que você vai fingir que não ouviu ou porque você pode ser uma das que estão doidas pra arranjar alguém?

Eu quero me dar por completo pra você.
É? Sinto muito, eu não aceito esmola

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

expectativa


Na verdade, foi difícil e fácil ao mesmo tempo.
Eu fiz uma escolha durante meus dezessete anos sem perceber. E ontem, preenchendo minha inscrição do vestibular me dei conta de que a minha escolha definitiva deveria ser tomada ali. Claro que eu fiquei com um medinho de não dar certo, mas eu sou tão apaixonada e quis tanto esse curso, que eu logo tive certeza de que aquilo era o que me faria feliz.
A Psicologia foi meu único amor à primeira vista. É verdade quando dizem que só existe um.
Tive vontade de saber do que se tratava antes de aprender sobre raiz quadrada. Acho que foi nesse momento que eu tive noção do que eu queria pra minha vida. Foi por não ser uma ciência exata e por tratar do conhecimento da alma, por não envolver muitos números. Porque eu sempre achei que o cérebro é o princípio de tudo. Porque eu sempre quis entender tudo o que estava por trás de certas ações e pensamentos.
Porque tudo tem um porque.
E, finalmente, porque eu acho que tudo tem uma razão de ser.
Posso ganhar um milhão de reais que eu jamais vou deixar isso de lado.

Ouvi dizer que quem estuda esse tipo de coisa certamente tem algum problema psicólogico fundamentado.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tap on my window, knock on my door


I don't mind spending everyday out on your corner in the pouring rain.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A maior torcida do Brasil.


Não, eu não vou falar do Centenário. Bastante gente está falando disso hoje, então eu queria aproveitar pra falar de algo paralelo, que até me incomoda um pouco.
O Sport Club Corinthians Paulista, 1910, tem a Maior Torcida do Brasil.
Não é o que as pesquisas falam?
Pois bem, eu vou explicar o por quê de não dizerem isso.
Torcida é quem torce (ah vá), não quem diz "meu time é tal", e não acompanha. Existe muita gente no Centro-Oeste que diz torcer para o Flamengo. Na Bahia, no sertão do Pará. Gente que não tem opção, ouve falar e diz rubro negro.

Sem desmerecer mas já desmerecendo o povo do Norte-Nordeste brasileiro.. Os caras não acompanham o Flamengo e não gritam quando o time faz gol. Mal assistem. Daí, pra uma merda de pesquisa (merda porque não conheço ninguém que já foi ativo numa pesquisa dessa), fala que é flamenguista.
Por isso supõe-se que essa torcida seja a maior. E outra: eu não conheço nenhum Corinthiano que não tenha uma certa tendência ao fanatismo.
Vale lembrar que em 1976, a torcida do Corinthians dividiu o estádio do Maracanã na semi-final do Campeonato Brasileiro, evento conhecido como "Invasão Corinthiana". O dia que um time tiver uma torcida que consiga fazer isso eu posso dizer que é a maior. Flamenguistas não vêm pra São Paulo rachar um estádio com o Corinthians.
Dizem que é fora do país que o Flamengo tem força.Mas, SOMANDO-SE TODOS esss torcedores do Rio, da Paraíba, Acre, Madagascar e Botsuana, ainda é insuficiente pra desbancar a maior tocida de futebol que, sem dúvida nenhuma, pertence ao Timão.

duas opções


Guardei a carteira e desci as escadas imaginando que horas seriam, e a bronca que eu levaria por ter que pedir pra ela vim me buscar tão tarde da noite. Três e vinte. Era mais seguro esperar o primeiro ônibus do que fazer uma ligação numa hora dessas pra casa.
Procurei meu celular na bolsa e, antes da primeira discagem, uma mão pousou no meu ombro. No primeiro momento eu senti aquela mão arder em mim. Não era possível. Eu precisava evitar. Me virei e era mesmo quem eu imaginei que fosse. Respondi o sorriso. Senti um par de olhos que vinham lá no mezanino fuzilarem minhas costas.
Eu sei que ele tambem sentiu, mas de qualquer forma aquilo não foi o suficiente, pelo menos naquele momento, pra faze-lo desistir de algo que eu sabia que aconteceria. Mas eu queria evitar.
Pelas mãos, fui levada até o stand de fora. Me comportei como uma fugitiva da prisão, andando com o maior cuidado do mundo como se o barulho dos meus passos pudessem me entregar.
Mas não havia nada de errado ali. Eu estava completamente segura.