segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amor


Dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): "O amor dinamita a ponte e manda o amante passar". Amar não é e nunca será fácil. Até o amor materno passa por suas provações. As complicações, em geral, advêm de influências externas. Da perspectiva bioquímica, amar é de uma simplicidade comovente, mera questão de oxitocina. A substância ativa as áreas da afetividade, ajudando a estabelecer e a fortalecer os vínculos de afeição - seja entre mãe e filho, homem e mulher ou amigos. Quanto maior a produção de oxitocina, maior também a liberação de dopamina, a substância da alegria, responsável pelo controle do sistema de recompensa cerebral. Para a manutenção do amor romântico, a biologia fornece um prazo de validade - em média, quatro anos, o tempo exigido para a concepção, a gestação, o nascimento e os primeiros cuidados com o bebê.

A natureza é pragmática.

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