sexta-feira, 4 de junho de 2010

como qualquer mortal.


Hoje eu reparei o quão pecadora eu sou.

É, o dia ainda não acabou e já cometi os sete.
Pela manhã, eu senti preguiça de acordar. Normal, beleza, é dificil mesmo acordar( na verdade, tu não sabe o esforço que faço nesse momento pra digitar..)
Mas pior que isso, eu senti preguiça de FALAR. Incrível.
No café, eu pedi pra minha irmã 'bolá'. O difícil foi fazê-la entender que eu estava com pregui.
Foi quando me dei conta que a gula estava tomando conta de mim. Pulei da cama e abri um pacote. Dez minutos, ele já estava no lixo. Vazio.
Até ai, beleza também, todo mundo acorda com fome.

Na hora do almoço, decidi me virar. Fiz kibe. Fiz sozinha, é claro, mas como era o dia do pecado, assim que minha irmã ofereceu ajuda, recusei:
'Basto-me, não dependo de ninguém.'.
Ser soberba não é minha praia, portanto, depois de ter me arrependido do tal pensamento, aceitei a ajuda e ela quebrou um prato.
Então, como qualquer mortal, eu senti uma ira incontrolável. Dava pra ensaiar um beliscão, mas esperei o próximo pecado tomar conta de mim.

Eu sou calma. Eu SOU calma. Limpei tudinho e me matei de comer kibes.

Fui pro Orkut.
LINDA ESSA GURIA QUE FUÇOU MEU PERFIL!
Não é preciso ser invejosa para sentir inveja. Pode parecer paradoxal, mas quem nunca desejou estar numa praia ao invés de estar trabalhando? Quem nunca desejou uma casa como a das revistas de decoração?
O difícil mesmo é fazer como fiz agora, dizer com todas as letras que senti invejinha da colega. Bem que eu podia ter uma bota como a da foto dela.
"Não, eu pego emprestada a da minha mãe"

Olha só, cartas embaixo da porta.
Contas, oferta de cartões de crédito, contas, contas.

Pronto, diga olá à Senhorita Avarenta.
Beleza, eu não trabalho, não tenho meu próprio dinheiro.. mas sei lá. Não se pode perder tempo gastando dinheiro. Nada de cinema sábado a noite. Vamos quarta que é mais barato!


O sétimo pecado, a luxúria, é cometido mesmo que não se perceba, praticamente o tempo todo: tem muito mais significado além da entrega aos prazeres carnais. É mais do que lascívia e volúpia, é cobiçar arduamente tudo que é belo.
Vira ganância, loucura, egoísmo, maldade, falta de razão. O orgulho e a vaidade não permitem o entendimento de que nem tudo é possível.
No seu mais profundo, complexo e variado significado, acredito que não há ninguém que não tenha, pelo menos uma vez na vida, cedido aos encantos da luxúria. Ela está na gula, na preguiça, na soberba, na ira, na inveja e até na avareza, por mais estranho que possa parecer.

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